Nova sistemática fiscal está levando companhias de todo o Brasil a aumentar seus investimentos para adaptar equipes e softwares
A implantação do Sistema Público de Escrituração Fiscal (SPED) vem realizando a mudança gradual dos controles contábeis e fiscais para o modelo digital. Além disso, o novo sistema acarretou um investimento maior em mão de obra e recursos para as empresas, visando atender às novas exigências do Fisco.
Segundo uma empresa de tecnologio, ainda que o SPED seja fundamental para o mercado, sua implantação está elevando os gastos com treinamento de pessoal e preparação de suas equipes internas e de seus clientes, além do aumento natural dos salários dos colaboradores. “Estamos tendo de renegociar contratos com nossos clientes”, informa o presidente da Prosoft Tecnologia, Carlos Meni.
Essa percepção também está sendo bastante sentida pelas demais empresas, como deixa claro, pesquisa realizada pela Fiscosoft Editora com 1.181 executivos de companhias de médio e grande porte do País, a qual levantou a dimensão dos ‘Custos e impactos da implantação do SPED para as empresas brasileiras.
A maioria dos participantes (96,3%) afirmou que o SPED trouxe custos mais elevados para o cumprimento das obrigações tributárias. São gastos com horas de trabalho extra de profissionais, implantação de sistemas e serviços de consultoria externa.
Além disso, as empresas, em especial as do setor contábil, estão também investindo tempo e dinheiro em reuniões com fornecedores de sistemas de gestão empresarial, a fim de obter tecnologia para suportar o aumento significativo das informações em seus ambientes computacionais e com os softwares que controlam suas operações. Some-se a isso o fato de que neste ramo específico a falta de mão de obra preparada dificulta em parte a implementação mais célere do SPED.
A pesquisa mostra, ainda, que 59,7% dos empresários entrevistados acreditam que, mesmo daqui a três anos, quando terminada a fase de transição e todas as etapas do SPED estiverem implantadas, não será possível cumprir as obrigações acessórias com menos recursos.
“As mudanças impactaram pesadamente o segmento das empresas de software, demandando um nível de recursos e soluções sem precedentes nas últimas duas décadas e absolutamente necessários para as empresas contábeis, levando-nos, inclusive, a majorar preços, quando se comparam os conjuntos de soluções oferecidas, frente à magnitude das mudanças”, analisa o presidente da Prosoft Tecnologia, Carlos Meni.
De acordo com ele, melhor do que proporcionar uma economia de algumas centenas de reais aos seus clientes, é oferecer recursos para aumentar seus ganhos, conquistar novas empresas como clientes e satisfazer ainda mais os já existentes em carteira.
“Em momentos como este, elevar o nível dos serviços prestados é sinônimo de redução de riscos de incidência de multas e penalidades por falhas e atrasos, além de ajudar a melhorar sua comunicação com as empresas, facilitando o trabalho e o fluxo de informações e documentos entre as partes”, salienta o executivo.
Dificuldades para uns, oportunidades para outros. Para o diretor de franquias da Prosoft Tecnologia, Iron Garrido, as empresas que estiverem preparadas para esses desafios terão pela frente excelentes oportunidades de negócio.
Fonte: www.administradores.com.br
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